Há muito tempo, na ilha do Pico, nos Açores, estavam os homens no campo a trabalhar, quando ouviram um foguete que dava o sinal que havia baleia à vista. Deixaram tudo e correram para os botes.
As mulheres guardavam a comida em sacos de pano e corriam para o cais e lá ficavam a chorar com medo do que podia acontecer aos homens.
Já no mar, o enorme cachalote foi avistado! Os botes recolheram as velas e aproximaram-se, a remos, do animal.
O arpoador preparou-se, olhou para o grande animal e atirou o arpão com todas as suas forças.
O cachalote começou a nadar mais depressa e como a corda não chegava, um homem amarrou-se a ela e foi arrastado para o mar. Nunca mais foi visto!
Os outros homens procuraram-no até anoitecer, mas sem o conseguirem encontrar, voltaram para terra muito tristes e as mulheres, a chorar, vestiram-se de luto.
No dia seguinte, voltaram ao mar para procurar o corpo do amigo desaparecido, mas qual não foi o seu espanto, quando avistaram o cachalote morto e sobre ele estava o baleeiro, encostado ao arpão, a fumar um cigarro de folha de milho.
1 comentário:
Um pouco de mistério adoça a história. Mas ainda mais importante que o mistério é podermos falar sobre as tradições vividas no nosso Portugal.
Obrigado. Gostámos muito!
Enviar um comentário